ALDO CALVET
ALDO CALVET
serviÇo nacional de teatro - SNT
APOLÔNIA PINTO EXPOSIÇÃO - ALDO CALVET INTRODUÇÃO
A glória de Apolônia Pinto tanto mais refloresce quanto maior a distância se faz sentir no palco a sua ausência irreparável, a ausência irreparável da sua personalidade inconfundível. Não tive a ventura de vê-la sob os resplendores das gambiarras. Quando cheguei ao Teatro, ela — estréia fascinante e irrepreensível — havia partido para sempre, deixando na incandescência um rasto luminoso que o tempo não consegue sequer empalidecer, por intenso e rebrilhante na constelação cênica brasileira. Já agora não será possível o engodo que nos impingiram os "distintos homens de ciência e letras", quando organizaram e redigiram a "Enciclopédia e Dicionário Internacional". Com "Apolônia Pinto e seu tempo", o professor José Jansen não presta tão só culto à memória da insigne Artista. Situa-a na História. Define-a na Sociedade. Dá aos artistas de ontem, de hoje e de amanhã, a fé e a esperança no reconhecimento de seus legítimos méritos.
As comemorações do primeiro centenário de nascimento de Apolônia Pinto têm significado muito expressivo para quantos amam o Teatro e nêle completam a existência.
ALDO CALVET
Diretor do Serviço Nacional de Teatro do
Ministério da Educação e Cultura