ALDO CALVET

 

DADOS AUTOBIOGRÁFICOS


O JORNALISTA E O DIRETOR DO

SERVIÇO NACIONAL DE TEATRO

O teatro brasileiro atravessa um período de prestígio e de magníficas realizações, mas é bom notar, à custa do seu esforço próprio, da inteligência dos velhos e novos, diretores e artistas, autores, empresários e críticos. O desenvolvimento que o teatro brasileiro vem obtendo, nos últimos tempos, é fruto do trabalho e da cultura do brasileiro, e não como pretendem por aí atribuir esse alevantamento a forasteiros que penetraram no País disfarçados em camponeses nas quotas de imigração. Examine e veja se encontra no Brasil alguma notabilidade estrangeira em matéria de arte dramática de fama reconhecida e comprovada no exercício da profissão no exterior. Com raríssimas exceções honrosas, aliás, o que existe é gente desconhecida, rotulada de celebridade. Ora, só poderíamos reconhecer as influências de adventícios em nossa cena se contássemos com a presença de personalidades insuspeitáveis. No gênero revista já obtivemos o máximo sem necessidade de qualquer colaboração de fora, de igual modo, no teatro declamado. O nosso teatro está sendo amparado pela clarividência do governo do Presidente Vargas. Dentro das nossas possibilidades haveremos de conquistar o apogeu por nós mesmos e com o apoio dos estrangeiros que conosco trabalham em igualdade de condições, sem pretensões de auto-suficiência. Além da crítica e antes de crítico, sou jornalista profissional. Deste modo, faço o que chamamos em gíria de imprensa a cozinha, ou seja, a coordenação da 4ª página da Folha Carioca que é dedicada ao teatro, rádio, cinema, literatura, artes plásticas, música, artes em geral.


Na direção do Serviço Nacional de Teatro, desejo fazer tudo pelo teatro e pela gente do teatro no Brasil. Não perderei uma só oportunidade ao meu alcance para corresponder à honrosa confiança da classe teatral e do Governo da República. O teatro cresceu, desenvolveu-se em suas aspirações e em seus anseios. Faltam-nos casas de espetáculos. Mas nem dessa parte se descuidam os poderes competentes. O Presidente Vargas autorizou o Instituto dos Comerciários e a Caixa Econômica Federal a construírem dois teatros nesta capital, para serem administrados pelo SNT. Como o órgão técnico do Ministério da Educação e Saúde não se acha devidamente aparelhado para atender prontamente ao movimento de recuperação do teatro nacional, S. Exa. autorizou o SNT, juntamente com a classe teatral, a elaborar um anteprojeto de lei de reestruturação e outras providências atinentes às deficiências a suprir. Esse trabalho já se encontra concluído e aprovado pelo  Ministro da Educação, Dr. Simões Filho, devendo o Presidente Vargas enviá-lo em Mensagem ao Congresso Nacional. O SNT, como se sabe, é órgão de âmbito nacional, mas a sua ação tem se limitado ao Distrito Federal. Com essa reestruturação, estou certo, cumprirá fundamentalmente as suas finalidades.

ABI-ASSOCIACAO BRASILEIRA DE IMPRENSA-congratulações nomeação Calvet SNT

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