BIOGRAFIA : DRAMATURGIA INDEX : DRAMATURGIA

CÁTEDRA

Gênero:

1. Monólogo cômico -  1982
   

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PERSONAGENS:

1. LENTE  -   professor circunspecto em aula de português.
   

TRECHOS:

1. 6ª LIÇÃO:
   

2. Com respeito a particularidades genéricas, há o chamado comum de dois que é o apelativo... ( gesto )  saco-saca. Sacou, né? Ministro-ministra, elefante, elefanta ou elefoa e não como diz o vulgo elefoda, cometendo um tremendo cacófato. Entre as desconexas, distingo apenas veado e cerva ou veada. Prefiro veada como feminino de veado. Está, pelo menos, mais em moda.  Homossexualismo. Assumir. Enrustido. Educação sexual. Matéria aplicada. ...
   

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6. 8ª LIÇÃO:
   

7. Sá de Miranda escreveu estes versos:
   

8. “Onde há homens há cobiça
   

9. Cá e lá tudo ela empeça,
   

10. Se a Santa, se a igual justiça
    

11. Não corta, não desempeça
    

12. O que a má malícia enliça.”
    

13. Essas rimas em “iça” – cobiça. Justiça, enliça, lembram outros versos de poeta anônimo mais ou menos assim:
    

14. “O amor é fogo
    

15. Que o diabo atiça
    

16. Começa pelos olhos
    

17. E acaba pela piça.”
    

18. Piça – eufêmica de pica ...
    

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22. 11ª LIÇÃO:
    

23. A cláusula adverbial é ligada à subordinante ou por conjunção subordinativa de que recebe o nome ou por advérbios e pronomes conjuntivos, ou ainda por formas nominais do verbo. Vejamos uma cláusula adverbial condicional: se queres saber quem é o vilão, mete-lhe o pau na mão. Vem depois uma cláusula adverbial consecutiva: dize-me com quem andas, que te direi quem és. É fácil, fácil. Um cara que anda de pau na mão não é apenas um vilão. É um masturbador em estado neurótico de exibição. Um caso típico: o médico examina o enfermo. Puxa. Aperta. Balança. Sacode. Você não tem nada, rapaz. Tudo sadio. Eu sei, doutor, diz o consulente, vestindo a calça: mas é um belo pau, não é? ...
    

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27. 18ª LIÇÃO:
    

28. A propósito do adjetivo indefinido, o Padre Antônio Pereira nos dá exemplos de tudo quanto o “tudo desempenha o papel definitivo: primeiro – o tudo e o nada; segundo – é o tudo do homem”. Como vemos, lembra aquele encontro da mulher na primeira noite, meio assustada, ao deparar o marido despido: isso tudo é teu? Aí o “tudo” é um substantivo definido. Um verdadeiro adjetivo determinativo indefinido foi empregado pela esposa na cama excitada e impaciente: mais amor e menos confiança. O marido era bom de sacanagem, mas para resolver era indefinido. ...
    

29.