ALDO CALVET

 
Aldo Calvet teatro dramaturgia Katalina DIARIO DO NORTE - 15.11.1938  LAURO SERRA
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COMENTARIOS NA IMPRENSA


PUBLICADA EM SAO LUIS (MA) 1938

DÍARIO DO NORTE - 15.11.1938


São Luis, 4 de Novembro de 1938.

Meu caro Aldo:

Acabo de deleitar o espírito com a leitura da sua peça theatral: -KATALINA.

Estou maravilhado.

Katalina não é uma obra, como se costuma dizer, digna de ser lida por todo maranhense. Não; ella se impõe à leitura, ela deve ser lida, principalmente pelos maranhenses, para que fiquem sabendo do seu valor.

Você, meu caro Aldo, não me surpreendeu escrevendo KATALINA. Eu sempre vi em você um espírito intelligente e, sobretudo, observador. Dahi a razão de KATALINA ser um amontoado de observações da vida real e um optimo estudo de psychologia humana. Diálogos jogados com muita precisão, primor e elegância de phrase, argumentação sadia e convincente, tecnologia theatral, tudo isto faz de KATALINA um pedaço de gloria para o seu escriptor.

É bem possível que você, algum dia se depare com a crítica insensata dos despeitados, mas não esmoreça, Aldo; dê o braço orgulhosamente a KATALINA, esta prostituta de espírito caldeado pelo sofrimento.

Aprenda com ella a sorrir diante das misérias humanas, esmagar preconceitos com attitudes e phrases “katalineanas” e entre no templo da gloria, porque lá, meu caro Aldo, está reservado um dia, para você, um logar onde se lê :- ALDO CALVET.

                                         Do teu de sempre

                                           LAURO SERRA