ALDO CALVET

 
Katalina GAZETA THEATRAL
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COMENTARIOS NA IMPRENSA


GAZETA THEATRAL

TEATRO REALISTA

GAZETA DE NOTICIAS 24-12-1940


O theatro contemporâneo aprofunda, mais e mais, suas raízes na vida social. O elemento de ficção ou fantasia entra na architectura das pecas, como o attractivo de idealidade, indispensável a qualquer obra de arte, a composição dramática, de substancia verdadeira, tem que se envolver na poalha de ouro da ilusão, para despertar a curiosidade publica, sem perder contudo, seu caracter social e humano.

E de manifesta e vigorosa tendência realista a alta comedia “Katalina”, em três actos e nove quadros, que o jovem escriptor Aldo Calvet produziu, em 1938, no Maranhão, nesse mesmo culto ambiente do grupo de philologos, poetas e prosadores, que tanto ennobreceram as letras nacionaes, como Odorico Mendes, exímio traductor de Homero, Gonçalves Dias, na poesia do indígena, Aluízio Azevedo, no naturalismo em seus romances imperecíveis, e seu irmão Arthur Azevedo, no theatro vivido e romanesco, prosa e verso.

A peca “Katalina” tem sua accao no Rio de Janeiro, desenrolada, principalmente, num “cabaret”. A protagonista e “Katalina”, que, victima de certos desregramentos, muito soffre, e ama, e encontra no amor intemerato de Carlos a sublimação do próprio soffrimento. Por isso, no desenlace, com piedade e ironia, verbera os duzentos contos que Carlos rejeitara, so por amor, na ilusão da ventura, e aconselha a outra personagem Odette: - “Deus lhe de um amor pobre, bem pobre, para que você seja sempre honesta!” . . .  Bem se sente que o destemido autor segue a theoria de que, no amor, como em tudo, o essencial não e 

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No “post-facio”, o emérito critico e pedagogista Antonio Lopes, redactor-chefe do “Diário do Norte” cathedratico de Literatura do Lyceu, e da Faculdade de Direito do Maranhão, faz a merecida apologia da obra e do autor. Apesar de sua audociosa these, não hesitamos em augurar uma exibição triumphadora a “Katalina”, em nosso meio, em que ha tantas figuras, na vida quotidiana, que muito se assemelham a personagem idealizada pelo renovador da scena provinciana . . . ---

(A. C.)

CRONICA DE ASTERIO DE CAMPOS – CRITICO TEATRAL “GAZETA DE NOTICIAS”